A greve é motivada pela falta de acordo entre os sindicatos
dos trabalhadores e das empresas, nos últimos três meses. Na última reunião de
negociação, realizada no dia 15 de junho, as empresas propuseram reajuste
salarial de 3% e aumento de R$ 0,50 no vale refeição e de R$ 10 na cesta
básica.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte
Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual do Estado (Sinteti)
denuncia que as empresas querem o fim da hora extra e do passe livre dos
rodoviários, além de redução de três horas no horário de descanso.
Carlos Jefferson, presidente do Sinteti, explica que a
categoria não aceitou a proposta de jornada reduzida para 24 horas semanais, o
que implicaria em redução de até 50% no salário de parte dos profissionais e
perda do vale refeição.
"Eles também estão se aproveitando de jovens aprendizes
acima do percentual permitido. Usando de má fé, estão demitindo cobradores que
ganham R$ 1.260 para contratar jovens que ganham R$ 583. Só uma empresa já
demitiu, em junho, 18 cobradores", denuncia Carlos Jefferson.
Ele afirma que os profissionais do ramo estão sendo coagidos
a assinar um termo aditivo concordando com mudanças impostas pelos empresários.
"Quem não assina, perde desde os vales-refeição até o emprego",
complementa.
No último dia 20, motoristas do transporte intermunicipal e
interestadual cruzaram os braços em Fortaleza e Juazeiro do Norte.
"Infelizmente, por intransigência das empresas e do
Governo - que foi notificado do impasse -, os usuários vão ser prejudicados.
Nós não vamos fazer bloqueios, mas não vou entrar em detalhes sobre as
estratégias de mobilização. Estamos tentando fazer com que os usuários não
sejam prejudicados", adianta o presidente do Sinteti.
FONTE JORNAL O POVO
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