O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), negou nesta quinta-feira (30) um
pedido do Instituto Democracia e Liberdade
(IDL) para impedir que as pesquisas eleitorais
incluam o nome do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva em suas sondagens de intenção de
voto.
O instituto havia pedido uma liminar (decisão
provisória) para “proibir a divulgação direta ou
indireta de pesquisas de opinião que incluam o nome do sr. Luiz Inácio Lula da
Silva enquanto preso por acórdão unânime pela prática dos crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro, e enquanto não suspensos ou extintos os
efeitos de tal condenação”.
Ao negar o pedido, Tarcísio Vieira disse que ele foi feito em momento
inadequado. O ministro escreveu que a resolução que prevê a presença nas
pesquisas de todos os candidatos à Presidência foi aprovada em dezembro, e
seu prazo de modificação
se encerrou em março, motivo pelo qual não seria
possível proferir decisão que excluísse Lula das pesquisas.
“Com efeito, conforme já decidiu este tribunal, a alteração dos critérios exigidos
pela resolução em fase avançada do processo eleitoral causaria insegurança
jurídica às entidades e aos institutos de pesquisa”, escreveu o ministro.
“Mesmo que fosse possível alterar a norma a essa altura, no sentido de
porventura impedir a presença do nome de Lula nas pesquisas, o Instituto
Democracia e Liberdade não teria legitimidade para fazer tal solicitação,
armou
Tarcísio Vieira.
“Trata-se, portanto, de pedido formalizado por parte ilegítima, em instrumento
processual inidôneo e fora do período estabelecido na legislação eleitoral”,
concluiu o ministro.
Fonte: Agência Brasil
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