Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, declarou ao
"Jornal Nacional" que facção não dá ordens de dentro da prisão, nesta quarta feira
(29).
“Não tem, não tem, não tem [ordens de líderes
do PCC sendo dadas de dentro dos presídios de
SP]”, declarou Alckmin.
No entanto, a Agência Lupa verificou
que essa
informação é falsa.
"Em julho, o Ministério Público de São Paulo
denunciou 75 pessoas por atuarem como
executores de ordens dadas por líderes do
Primeiro Comando da Capital (PCC) de dentro das cadeias. De acordo com o
MPSP, a partir dos presídios paulistas, os líderes ordenavam ´execuções de
agentes do Estado, queima de ônibus e assassinato de rivais´. De acordo com a
denúncia, as ordens saídas dos presídios tinham por objetivo expandir a facção.
As denúncias são resultado da Operação Echelon e começaram quando agentes
penitenciários encontraram cartas trocadas por líderes do grupo presos na
penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de SP. Em uma delas,
membros da facção de outros estados planejavam ir a SP para aprender a
montar bombas. Em julho, a Folha também revelou que líderes do PCC
comandaram ações criminosas por telefone, de dentro do presídio de
Valparaíso, no interior paulista. Levantamento dos pesquisadores Camila Nunes
Dias e Bruno Paes Manso mostrou que o PCC já domina o crime em oito estados
e disputa o controle em outros 14", diz o texto da Lupa.
A assessoria de Alckmin armou
à agência que a denúncia citada comprova a
efetividade do serviço de inteligência da Secretaria de Administração
Penitenciária, que iniciou a investigação.
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