Se confirmadas as expectativas, 2018 será um dos anos com menor número de ataques a bancos nesta década. Contudo, para Bosco Mota, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE), a redução está ligada a consequências naturais dos ataques, não a ações repressivas da forças da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
“Está caindo porque não existe existe mais banco para estourar. Os explodidos estão funcionando sem dinheiro, não há interesse dos criminosos”, comentou.
Sem dinheiro
Balanço fornecido na última segunda-feira, 10, pelo Seeb-CE aponta que, atualmente, 18 agências bancárias estão sem funcionar e 20 até funcionam, mas os funcionários não manipulam cédulas, seja recebendo pagamentos, seja repassando aos clientes. A ideia é evitar novos ataques.
“Para os funcionários é até mais tranquilo (não trabalhar com cédulas), mas a população fica prejudicada e há a apreensão de para onde os bancários serão realocados”, disse Mota. Ao todo, de acordo com o levantamento realizado pelo Sindicato, 45 agências estão com algum tipo de alteração no funcionamento por conta dos ataques.
Neste ano, conforme O POVO Online mostrou na última sexta-feira, 7, foram 49 ataques a bancos. O número é o menor registrado desde 2011.
Em busca de agências
O uso de explosivos e armas de grosso calibre por facções para arrombar as agências provoca dados financeiros e sociais, já que moradores precisam se deslocar para outras cidades em busca de agências bancárias, aponta o presidente do Seeb-CE.
Ao longo desta década, os arrombamentos se mantiveram ano a ano como a técnica mais usada pelas quadrilhas para chegar até o dinheiro. Foram 282 casos registrados. Assaltos e saidinhas ou chegadinhas bancárias vêm em seguida, com quantidade de casos significativamente menores. Somando todos os tipos de atentados contra instituições financeiras, foram 687 ações espalhadas por 158 das 184 cidades cearenses.
Cidades mais atacadas no Ceará nesta década
Fonte O Povo
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