O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da
Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública
(PROCAP), requereu, na última quarta (5), a prorrogação do
afastamento da prefeita de Jati, Maria de Jesus Diniz Nogueira.
Além dela foram denunciados outros agentes públicos
investigados nas duas fases da “Operação Abelha Rainha”.
A operação investiga supostas irregularidades na
desapropriação de dois imóveis pela prefeitura de Jati por uma
valorização superfaturada. Neles, seriam construídos um estádio
de futebol e uma academia de saúde.
É investigada ainda a suspeita de enriquecimento ilícito e
locupletação de verbas públicas em razão dessa desapropriação
e de contratos firmados
com prestadores de serviço e
fornecedores do município.
Os terrenos desapropriados pertenciam ao espólio do avô do
então Secretário de Finanças do Município e marido da prefeita
Antônio Nogueira Neto. O marido dela e outros herdeiros eram os beneficiários.
O dinheiro do erário utilizado na aquisição dos
imóveis foi parar na conta da prefeita.
Para o MPCE, a prática onerou o município, uma vez que a
prefeita ficou
com o filão.
A partir daí, a gestora comprou um
apartamento na cidade de Fortaleza, pago por um fornecedor
da prefeitura. Pelo crime, a prefeita precisa ser julgada, cabendo
ao Poder Judiciário receber ou não denúncia.
A primeira fase da operação Abelha Rainha ocorreu em julho de
2017, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão
nas residências de Maria de Jesus Diniz Nogueira, localizadas em
Jati e em Fortaleza, no sítio dela, na Prefeitura Municipal de Jati
e na casa do secretário de Educação do Município, Josival
Nogueira Vidal, que é tio de Antônio Nogueira Neto, secretário
de Finanças e marido da prefeita.
Fonte Miséria
0 Comentários