O Complexo de Operações Especiais de Sergipe (Cope) desencadeou
a investigação da quadrilha interestadual chefiada por criminosos sergipanos.
Há três meses, as investigações do Cope e da Divisão de Inteligência e
Planejamento Policial (Dipol) trocavam informações com as Polícias de quatro
estados do Nordeste, incluindo o Ceará, que era a Coordenadoria de Inteligência
da Secretaria da Segurança (SSPDS). O delegado do Cope, Dernival Eloi, afirmou
que as placas dos veículos que seriam utilizados no ataque a banco
em Milagresforam repassadas à Polícia do Ceará, no entanto, O POVO
Online apurou que os policiais militares que estavam na cidade cearense não
teriam recebido os modelos ou placas de veículos dos assaltantes.
Trabalhavam juntas as equipes do
Cope, Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil de
Alagoas e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) da
Polícia Civil da Bahia, e da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin), da
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do estado do Ceará,
responsável por acionar o Batalhão de Choque para a região do
Cariri.
O
delegado Dernival Eloi se pronunciou sobre a operação e afirmou que as
investigações compartilhadas apontavam que o ataque seria em Milagres e disse
que a placa dos veículos que seriam utilizados foi repassada à Polícia do
Ceará. " Tínhamos certeza da atuação do grupo em Milagres, repassamos
informações detalhadas, até a placa dos carros que seriam usados",
explicou Dernival.
Os quatro veículos apreendidos
são um Chevrolet S10, um VW Saveiro, um Chevrolet Corsa, um Mitsubishi L200,
sendo o último roubado na cidade de Nossa Senhora do Socorro, na Região
Metropolitana de Aracaju (SE), informação confirmada pela Secretaria da
Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE). Outros dois carros, que foram roubados
na BR 116, também foram recolhidos pelos policiais: um Chevrolet Celta e um
Ford Ranger. O POVO Online apurou que nem os modelos dos veículos e nem as
placas chegaram ao conhecimento do Batalhão de Choque.
A Coordenadoria de Inteligência,
que é chefiada pelo delegado Ednaldo do Vale, com base nas informações
compartilhadas, acionou o Batalhão de Choque, por meio do comandante
tenente-coronel Cicero Henrique e o major Antônio Cavalcante, comandante do
Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que pertence ao BPChoque.
Os policiais não sabiam da
existência dos reféns e trocaram tiros com os assaltantes. 14 pessoas foram
mortas, sendo seis reféns de uma mesma família e oito assaltantes.
Líderes
O grupo era
chefiado por Manoel da Silva, conhecido como Eraldo, de 44 anos, Claudervan
Santana Aquino, de 26 anos, e Rivaldo Azevedo Santos, 22 anos. Os três, que
morreram durante o confronto na região do Cariri, são a base do grupo
interestadual e a partir deles e da intenção de atacar bancos no Nordeste, os
setores de Inteligência começaram a compartilhar informações, conforme a
Polícia de Sergipe.
Fonte O Povo
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