O ex-presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva, 73 anos, está
apaixonado. Em entrevista ao economista e ex-ministro Luiz
Carlos Bresser-Pereira, ele revelou ainda que tem planos de se
casar assim que deixar a prisão.
A revelação foi feita no Facebook do ex-ministro. Ele e Lula se
encontraram na última quinta-feira (16), na Superintendência da
Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o ex-presidente está preso
desde abril do ano passado.
De acordo com a reportagem, a namorada de Lula é de São
Paulo e os dois começaram a se relacionar antes dele ser preso.
A mulher, que tem por volta de 40 anos, inclusive, faz visitas
frequentes a Lula na cela da Polícia Federal.
Em sua publicação, o economista narra a conversa que teve com
Lula. "Ele está em ótima forma física e psíquica. Sua grande
preocupação agora é com a defesa da soberania - com a união
dos brasileiros para defender o Brasil e seu povo contra isso que
está aí. Sua maior demanda é a de ter reconhecida sua
inocência. Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da
prisão é se casar", relata.
Lula foi casado por 43 anos com Marisa Letícia, que morreu em
janeiro de 2017, após um AVC. Depois disso, o ex-presidente não
assumiu nenhum romance publicamente.
O ex-presidente também falou sobre política e outros planos
futuros com o economista, como o de negociar um grande
acordo nacional em defesa de trabalhadores e empresas. Ele
revelou ainda ser contra intervenções na Venezuela.
Na última quinta-feira eu visitei Lula. Ele está em ótima forma
física e psíquica. Sua grande preocupação agora é com a defesa
da soberania - com a união dos brasileiros para defender o Brasil
e seu povo contra isso que está aí. Sua maior demanda é a de
ter reconhecida sua inocência. Está apaixonado e seu primeiro
projeto ao sair da prisão é se casar.
Seu grande projeto é o de negociar um grande acordo nacional
em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa da
soberania necessária para a retomada do desenvolvimento. No
plano internacional diz que é contra qualquer intervenção na
Venezuela, mas que é preciso reconhecer os erros de Maduro e
do próprio Chávez. Conta que muitas vezes aconselhou o
Chávez, que era uma pessoa ótima, mas cabeça-dura. Ouvia os
conselhos com atenção, mas não os seguia.
Foi uma honra ter sido convidado por Lula para visitá-lo. Ele
estava mais interessado em discutir a crise atual do que ideias.
Disse-me que quando sair da prisão, vai me convidar para um
almoço só para me ouvir falar sobre câmbio. Eu lhe dei uma
cópia do meu livro A Construção Política do Brasil, onde afirmo que fez um belo governo, mas errou em deixar o juro alto e o
câmbio apreciado.
Está mais do que na hora de os brasileiros verem Lula livre. Já é
tempo de o STF reconhecer tacitamente que ele foi vítima de
uma estratégia política através da qual a Força Tarefa da Lava
Jato buscou apoio das elites liberal-conservadoras para sua
carreira política.
A política brasileira precisa de um líder sem ressentimentos
como é Lula. Livre, ele lutará pelo grande acordo nacional que é
tão necessário para o Brasil sair da crise em que está
mergulhado desde 2014".
Correio 24 Horas
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