O que é Gripe H1N1?
Gripe H1N1, também conhecida como
gripe suína, é uma doença causada pela mutação do vírus da gripe. O H1N1 é um
subtipo do Influenza A, e os sintomas da doença são bem parecidos com os da
gripe comum. A transmissão também ocorre da mesma forma.
O problema da gripe H1N1 é que ela
pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo levar os pacientes até
mesmo à morte.
Transmissão
A transmissão do vírus ocorre de uma
pessoa para outra, por espirro, tosse e partículas que saem da boca. É possível
pegar a gripe por contato com superfícies contaminadas com gotículas
respiratórias.
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS) e o Center for Diseases Control (CDC), o centro de controle de
doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através
da ingestão de carne de porco.
Qual o período de contágio da gripe
H1N1?
O período de incubação do vírus é de
um e meio a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém,
também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem
apresentar nenhuma reação. Durante o período de incubação ou em casos de
infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período
de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto que nos adultos
é de até sete dias. A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do
início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é
quando há sintomas, sobretudo febre.
Pandemia
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), ao todo 207 países e demais territórios notificaram casos
confirmados de gripe H1N1 entre 2009 e 2010. Durante este período, foram quase
nove mil mortos em decorrência da gripe H1N1.
O surto começou no México, onde uma
doença respiratória alastrou-se pela população e chegou rapidamente aos Estados
Unidos, Canadá e, depois, para o restante do mundo – devido às viagens aéreas.
Em junho de 2010, a OMS então classificou a gripe H1N1 como pandemia.
Casos da gripe no Brasil
Em 2017, foram registrados 394 casos
e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por
H1N1, 244 casos e 30 óbitos por H3N2, 81 casos e 24 óbitos por influenza B, e
44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em todo o ano de 2017, foram
registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.
Em 2018, até 14 de abril, foram
registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do total, 190
casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados
93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos por influenza
B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipado.
Existem diferenças entre o H1N1, H2N3
e o H3N2?
Não há grandes diferenças no que diz
respeito a que doenças causam, como se prevenir e como tratar. A diferença
entre os três subtipos de vírus está nas proteínas específicas que cada um tem
em sua superfície.
Eles são cepas diferentes do mesmo
vírus, com características semelhantes. Recentemente, o Ministério da Saúde
revelou que vírus H2N3 não existe no Brasil.
Causas
As primeiras formas do vírus H1N1
foram descobertas em porcos, mas as mutações conseguintes o tornaram uma ameaça
também aos seres humanos. Como todo vírus considerado novo, para o qual não
costumam existir métodos preventivos, o vírus mutante da gripe H1N1 espalhou-se
rapidamente pelo mundo.
A transmissão ocorre da mesma forma
que a gripe comum, ou seja, por meio de secreções respiratórias, como gotículas
de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma
pessoa pode demorar de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas
da doença. Da mesma forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de
transmiti-lo a outras pessoas.
Saiba mais: Saiba como diferenciar a
Gripe H1N1 de um resfriado
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS) e o Center for Diseases Control (CDC), o centro de controle de
doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através
da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em
temperatura elevada (71ºC).
Fatores de risco
A gripe H1N1, como qualquer gripe,
pode afetar pessoas de todas as idades, mas, no período em que houve a pandemia,
notou-se que o vírus infectou mais pessoas entre os cinco e os 24 anos. Foram
poucos os casos de gripe H1N1 relatados em pessoas acima dos 65 anos de idade.
Os fatores de risco mais comuns são:
Doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC)
Asma
Doença cardíaca
Doença neurológica
Imunodepressão, por exemplo HIV e
transplantados
Gravidez, principalmente no fim da
gestação
Fetos e Recém nascidos de mães que
tiveram H1N1
Diabetes Mellitus
Obesidade.
Quase todas as pessoas que evoluem
com casos graves, necessitando de internação hospitalar apresentam alguma
doença prévia. Por outro lado, 1 a cada três pessoas que faleceram pela gripe
não tinha nenhuma doença prévia.
Além disso, populações indígenas e
com idade acima de 50 anos também tiveram casos mais graves durante a pandemia.
Pessoas com mais de 65 anos tiveram quadro ameno e menos grave, atribuído ao
contato prévio com vírus semelhante em 1957.
Sintomas
Sintomas de Gripe H1N1
Quais os sintomas da gripe H1N1?
Os sinais e sintomas da gripe H1N1
são muito parecidos com os da gripe comum, apresentando mais alterações
gastrointestinais. Os sintomas mais comuns são:
Febre
Tosse
Dor de garganta
Mal estar
Cefaleia
Vômito
Diarreia.
Outros sintomas estão presentes, mas
são menos comuns:
Tremores e calafrios
Dores musculares
Dores nas articulações
Falta de ar
Coriza
Chiado no peito.
Buscando ajuda médica
É importante buscar ajuda médica se
os sintomas forem muito intensos nas primeiras 48 horas, se a pessoa apresentar
dispnéia (falta de ar) e se os sintomas persistirem por mais de sete dias.
Na consulta médica
Qualquer médico por diagnosticar a
gripe H1N1, sendo que alguns especialistas podem ter mais experiência com essa
doença são:
Infectologista
Pneumologista
Estar preparado para a consulta pode
facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à
consulta com algumas informações:
Uma lista com todos os sintomas e há
quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras
condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com
regularidade
Exames antigos de sangue ou de
imagem, para efeito de comparação
Se possível, peça para uma pessoa te
acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série
de perguntas, tais como:
Quais são seus sintomas?
Quando seus sintomas surgiram?
Você manteve contato próximo com
alguém que estava doente?
Você esteve recentemente em locais
fechados ou com aglomerados de pessoas?
Você sente falta de ar? Com que
frequência?
Você tomou vacina para gripe H1N1?
Também é importante levar suas
dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso
garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes
da consulta acabar. Para gripe H1N1, algumas perguntas básicas incluem:
Qual é a causa mais provável da minha
gripe?
Quais os tratamentos para H1N1?
Quanto tempo fico contagioso depois
de iniciar o tratamento?
Existe uma alternativa genérica ao
medicamento que você me prescreve?
Preciso voltar para uma visita de
acompanhamento?
Não hesite em fazer outras perguntas,
caso elas ocorram no momento da consulta.
Diagnóstico de Gripe H1N1
A suspeita de gripe H1N1 ocorre em
pessoas com quadro de sinais e sintomas compatíveis aos de gripe. A partir do
quadro clínico, o médico solicita o exame laboratorial para confirmar a
presença do vírus. Dependendo do tempo dos sintomas, o exame pode ser positivo
ou não. Um exame negativo não necessariamente exclui o diagnóstico.
Para ser definido como gripe inicialmente,
é necessário que o paciente apresente febre de 37,8ºC ou mais, dor de garganta
ou tosse. E se houver um teste laboratorial positivo para H1N1, está fechado o
diagnóstico.
Tratamento de Gripe H1N1
O principal tratamento para qualquer
cepa do vírus influenza é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de
Oseltamivir (Tamiflu), que somente deve ser usado com prescrição médica. As
principais indicações do uso dessa medicação são casos que evoluem com piora
importante, aqueles que requerem hospitalização e pessoas de risco, com doenças
crônicas, crianças, idosos, gestantes e mulheres em puerpério. O oseltamivir
faz melhor efeito quando tomado no início do quadro.
Como em toda gripe, os tratamentos
são sintomáticos, com antitérmicos, analgésicos, expectorantes, que controlam
os sintomas da doença, como febre e dores. Os antivirais só devem ser
utilizados sob prescrição médica, para caso específicos.
Além disso, é indicado que o paciente
permaneça em repouso, consuma bastante líquido e tenha uma dieta equilibrada.
Medicamentos para Gripe H1N1
Os medicamentos mais usados para o
tratamento de gripe são:
Acetilcisteína
Aspirina 500mg
Advil
Alivium
Apracur
Benegrip
Bisolvon
Bromexina
Buscofem
Clobutinol + Succinato de Doxilamina
Carbocisteína
Cimegripe 77C
Cimegripe Dia
Coristina D
Flanax 550mg
Fluitoss
Fluviral
Ibupril (cápsula)
Ibupril (gotas)
Ibupril 400mg
Ibuprofeno
Leucogen
Multigrip
Naldecon Dia
Naldecon Noite
Paracetamol Bebê
Paracetamol
Tamiflu
Trimedal
Tylenol sinus
Zanamivir.
Somente um médico pode dizer qual o
medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a
duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA
se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico
antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a
prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo (prognóstico)
Gripe H1N1 tem cura?
Geralmente o prognóstico é bom, mas
em alguns casos, dependendo da gravidade, a gripe H1N1 pode levar a óbito.
Contudo, quando o paciente segue o tratamento indicado pelo médico tem uma
completa resolução do quadro.
Complicações possíveis
As complicações decorrentes da gripe
H1N1 são mais comuns nos extremos de idade e gestantes. As principais são
Pneumonia
Infecção bacteriana
Convulsões
Miocardite
Insuficiência renal
Falência de múltiplos órgãos.
A insuficiência respiratória é um
sintoma presente em metade dos casos frequente da gripe H1N1. Em casos graves,
ela pode levar o paciente à morte.
Convivendo/ Prognóstico
O paciente deve repousar e ficar em
casa, isso ajuda na recuperação e evita transmitir o vírus aos amigos e
familiares.
Beber bastante água e uma boa
alimentação também são necessários para uma melhor recuperação.
Prevenção
Prevenção
Como evitar a gripe H1N1?
A prevenção de gripe H1N1 segue as
mesmas diretrizes da prevenção de qualquer tipo de gripe, só que o cuidado deve
ser redobrado:
Evite manter contato muito próximo
com uma pessoa que esteja infectada
Lave sempre as mãos com água e sabão
e evite levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca
Leve sempre um frasco com álcool-gel
para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas
Mantenha hábitos saudáveis.
Alimente-se bem e coma bastante verduras e frutas. Beba bastante água
Não compartilhe utensílios de uso
pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros
Se achar necessário, utilize uma
máscara para proteger-se de gotículas infectadas que possam estar no ar
Evite frequentar locais fechados ou
com muitas pessoas
Verifique com um médico se há
necessidade de tomar a vacina que já está disponível contra a gripe H1N1.
Saiba mais: Infectologistas ensinam
os 5 passos para prevenir gripe H1N1
Vacinação
A vacina da gripe está disponível na
rede pública para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais de
saúde, mulheres que tiveram filhos a menos de 45 dias, crianças de 6 meses a 4
anos de idade, pessoas com doenças crônicas e indígenas.
As vacinas são trivalentes, ou seja,
imuniza contra três tipos de vírus diferentes. A composição da vacina é
recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o
mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Dessa forma, a cada ano a
vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da
gripe naquela época.
Fonte Minha Vida
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