O novo diretor do Demutran (Departamento Municipal de
Trânsito) de Nova Olinda, Francisco de Assis Miguel Sampaio,
de 40 anos, foi preso no início da tarde desta terça-feira. A
determinação foi do Ministério Público por conta da
liberação de forma irregular de um veículo apreendido. Ele se
apresentou no fórum de Nova Olinda e o Promotor de
Justiça, Daniel Ferreira de Lira, determinou que fosse trazido
para autuação na 19ª Delegacia Regional de Polícia Civil de
Crato.
Por volta das 18h30min de ontem, Diassis – como é
conhecido – terminou submetido a exame cautelar na Perícia
Forense (Pefoce) do Cariri e recolhido à cadeia pública de
Juazeiro. Irregularidades envolvendo o Demutran e o município de Nova Olinda não são fatos novos. No último dia
4 de junho o Ministério Público denunciou o secretário de
Urbanismo e Obras, e o coordenador de Transportes do
Demutran, João Paulo Silva Sampaio e Cícero Kedyson
Queiroz da Silva.
Eles foram presos na operação “Sinal Verde”, em maio de
2019, a qual investiga diversas irregularidades no
Departamento de Trânsito, passando por crimes de peculatofurto, inserção de dados falsos em sistemas de informações,
prevaricação, advocacia administrativa e extravio de
documentos públicos. Em um dos casos, o secretário João
Paulo interferiu para evitar que multas cometidas por um
familiar fossem emitidas e inseridas no sistema, inclusive,
coagindo agente de trânsito que se recusou a atender.
Outro caso investigado relata que Cícero Kedyson procurou o
dono de uma moto apreendida por ele com documentação
irregular em novembro de 2018, para “comprar” o veículo,
alegando que “não compensava pagar as multas”. Após pagar
R$ 500,00 pela moto e a retirada do depósito do Demutran, o
agente público suprimiu o termo de remoção dos arquivos
do órgão, destruindo, portanto, documento público em
benefício próprio.
MAIS BRONCAS – Antes. no dia 7 de março, o juiz de Nova
Olinda, Herick Bezerra Tavares, condenou o ex-secretário de
Saúde Pedro Neto de Souza, pela prática de ato de
improbidade administrativa consistente em dano ao erário e
violação aos princípios da administração pública.
Além dele,
Francisco Wlberlândio de Oliveira por conduta ímproba de enriquecimento ilícito e violação aos princípios da
administração pública.
A determinação atendeu a uma Ação Civil Pública promovida
pelo promotor de Justiça, Daniel Ferreira. Na sentença, o juiz
aplicou aos réus as penalidades de ressarcimento integral do
prejuízo causado, pagamento de multa, proibição de
contratar com o poder público, suspensão dos direitos
políticos e perda da função pública, além de pagamento, a
título de dano moral coletivo, de R$ 20 mil. A ação foi com
base num Inquérito Civil que apurou a improbidade na
contratação de Francisco Wlberlândio para prestar serviços
de consultoria técnica com dispensa de licitação.
Fonte Miséria
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