Já imaginou conviver com alguém que é a sua cara? Só entre 2007 e 2017, mais de 21 mil
gêmeos nasceram no Ceará, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Com tanta gente parecida, uma página do aplicativo Instagram se dedica à
publicação de fotos de irmãos e irmãs gêmeos nascidos no Estado, há três anos, e já
conta com quase 300 contribuições.
“Gêmeos do Ceará” (@gemeosce) foi idealizada pelas irmãs Marta Rejane e Regina
Cunha, naturais de Assaré, município da região do Cariri, no começo de 2016. As
primeiras publicações reuniam irmãos de cidades próximas, como Antonina do Norte,
Tarrafas e Nova Olinda, mas, com o tempo, passaram a receber fotos de todas as regiões
do Estado.
A iniciativa reúne gêmeos de diversas idades, desde recém-nascidos a idosos, que elas
consideram os casos mais curiosos. Além disso, há registros de trigêmeos, tanto do
mesmo sexo quanto de sexos diferentes. Segundo Marta Rejane, a página tem o objetivo
de “promover a interação entre os gêmeos que pertencem ao Estado e passar uma
mensagem de união, já que gêmeos manifestam esse sentimento desde pequenos”.
Aos 28 anos, as irmãs pedagogas revelam ainda manter a mesma parceria forte da
infância, ainda que a interação com o ambiente as tenha diferenciado um pouco: Rejane
é mais alta, e Regina tem um sinal perto da boca. “Quando a gente estava na escola, fiz
um sinal parecido em mim com uma caneta, e o professor de matemática nos confundiu.
Consegui me passar por ela”, ri Rejane.
Hoje, mesmo que não mantenham o mesmo costume de usar roupas iguais, elas
compartilham algumas peças do vestuário. “Sempre que vemos outros gêmeos, nos
identificamos com eles”, relata. A página Gêmeos do Ceará recebe uma média de dois a
três envios semanais. Para participar, basta informar os nomes dos irmãos e a cidade de
origem.
F.DN
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