Essas sementes vindas, em sua maioria, de países asiáticos, como China e Malásia, e do território autônomo, Hong Kong, têm chegado pelos Correios em embalagem contendo apenas elas. No entanto, o superintendente alerta que também há casos de sementes virem junto às compras feitas em sites internacionais, sendo confundidas com brindes ou embalagens de sílica em gel.
“Nós tivemos um caso no Estado do Amapá, em que as sementes chegaram dentro de embalagens com luminárias, então a pessoa fez uma compra de luminárias em um site internacional e dentro da embalagem com luminárias veio um pacote com sementes, como um espécie de brinde, Inclusive, tem casos que as sementes podem ser confundidas com aquelas embalagens de sílica em gel, para fins de conservação”, alerta Holanda Neto.
Sobre a situação, a embaixada chinesa se pronunciou nesta quinta-feira (1º), e se colocou à disposição das autoridades brasileiras para cooperar com as investigações. “Uma verificação preliminar constatou que as etiquetas de endereçamento apresentam indícios de fraude, com erros no código de rastreamento e em outros dados”, destaca em nota.
A embaixada também pontua que “sementes são artigos de envio proibido ou restrito para os países membros da União Postal Universal (UPU). Os Correios da China seguem rigorosamente às disposições da UPU e vetam o transporte postal de sementes”.
Consequências
De acordo com o superintendente, produtos de origem vegetal ou animal podem conter riscos fitossanitários graves. Caso plantadas, as sementes podem afetar diretamente a flora e as lavouras locais, por não serem plantas nativas de uma determinada região.
“Produtos de origem vegetal e animal podem conter riscos graves, tanto a questão da agropecuária quanto a questão da saúde humana. Nesses casos das sementes que estão chegando ao Brasil, de destinos desconhecidos, podem carregar vírus, bactérias e fungos que podem comprometer e devastar toda a agricultura de uma região e até de um país”, explica.
Recomendações
A principal recomendação para o consumidor que receba uma encomenda como essa é encaminhar o objeto às autoridades competentes. “E se você efetuou a compra, efetuou o pedido de algum produto, seja ele importado ou nacional, e dentro dessa embalagem veio qualquer produto de origem vegetal ou animal, [a recomendação] é que você encaminhe ao Ministério da Agricultura”, pontua.
O representante da Pasta também destaca que as sementes não devem ser descartadas no lixo, a fim de evitar a disseminação da mesma no ambiente. “Quando vier qualquer produto de origem vegetal ou animal, especialmente esses casos concretos, como sementes, que essas sementes não sejam plantadas e não sejam descartadas no lixo, pois elas podem ainda assim germinar”, enfatiza o superintendente.
Para mais informações ou dúvidas sobre casos como das embalagens com sementes, o consumidor pode entrar em contato com o Ministério da Agricultura no Ceará no endereço abaixo:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Ceará
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