O cantor sertanejo e ex-deputado Sérgio Reis vai responder a inquérito policial por pelo menos três crimes, incluindo ameaça, após áudio onde ele convoca greve de caminhoneiros e incita ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Investigação será aberta pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
De acordo com o portal Congresso Em Foco, a informação foi confirmada pelo delegado Leonardo de Castro, da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor).
"Ele será investigado pelos crimes de ameaça (art. 147 do CP), dano (art. 163 do CP) e atentado contra a segurança de meio de transporte (art. 262 do CP)", explicou Castro.
Conforme o delegado, o objetivo do inquérito é "investigar suposta associação criminosa voltada para a prática de alguns crimes". O artista de 81 anos deve ser convocado para prestar depoimento.
ÁUDIO VAZADO
No áudio que ganhou as redes no fim de semana, Reis afirma: "Se em 30 dias não tirarem os caras [ministros do STF] nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria." Na entrevista, Reis defende Bolsonaro e diz que ele representa a vontade popular.
"Falam que o Bolsonaro é grosso. Ele fala o que o povo quer falar. O povo não tem como chegar lá e falar. Se fala às vezes mandam prender. Eu nunca agredi ninguém e não quero também. Mas vou pedir que a família vá para a rua", defende Reis. Ele diz que conversou "francamente" com Bolsonaro e que o achou "muito abatido, muito doente".
As declarações de Reis foram repudiadas por políticos de diferentes orientações ideológicas. Líderes dos caminhoneiros disseram que o cantor não os representa.
"Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 72 horas, ninguém anda no País, não vai ter nem caminhão para trazer feijão para vocês aqui dentro", disse Reis em uma reunião, em Brasília, com representantes do agronegócio, sentado ao lado do presidente da Aprosoja, Antonio Galvan. Fonte: DN
0 Comentários