Os parentes e namorada de Diego relataram ao Diário do Nordeste que o hospital não dispõe de aparelho para tomografia e desde a entrada do jovem no local eles pediram pela transferência a um município com a estrutura. A médica de plantão teria negado, afirmando que ele apenas ficaria em observação.
"Pedíamos incansavelmente. Todos da família e amigos estavam preocupados por ele ter batido forte a cabeça. Mas a médica disse que não era necessário, que ele estava bem, que a dor de cabeça era devido à pancada, que ele não tinha os sintomas suficientes para uma transferência", comenta Ana Rayane Marculino Vidal, namorada de Diego.
A jovem de 24 anos conta que ele foi colocado em observação, mas que não tinha atenção suficiente da equipe médica. Com muita dor, Diego tomou remédios e adormeceu acordando várias vezes para vomitar.
Negligência
Ela diz que o tempo de observação estipulado pela médica havia passado, mas mesmo assim a transferência não foi cogitada. "Se ele tivesse sido transferido cedo estaria sendo cuidado por nós agora, em vida", lamenta Ana Rayane. O óbito foi por volta das 5h já do domingo (17).
"A médica que segurou ele aqui foi negligente. Não tinha como saber como a cabeça dele estava por dentro", avalia a jovem. A namorada de Diego informou que o pai e a mãe dele já estão em conversa com um advogado para denunciar formalmente o hospital às autoridades.
Ela disse que um Boletim de Ocorrência (B.O) foi feito pela família após o acidente. Nesta quinta-feira (21), o Diário do Nordeste entrou em contato com o prefeito de Porteiras, Fábio Pinheiro Cardoso, que informou estar ciente do caso. O gestor disse que a Prefeitura aguarda respostas da Secretaria de Saúde do Município para se posicionar.
Fonte: Diário do Nordeste
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