O caso mais emblemático é o de Izolda Cela, do PDT, que assumiu o governo cearense após o desligamento do petista Camilo Santana para disputar uma vaga ao Senado. Desconhecida por 46% do eleitorado, a pedetista não só assume a liderança da corrida estadual como teria chances de vencer ainda no primeiro turno, segundo a simulação em que seu nome é associado a quatro padrinhos de projeção nacional: o ex-presidente Lula, Santana, de quem era vice, e os irmãos Cid e Ciro Gomes. Neste cenário: a governadora alcança 54% das intenções de votos, contra 30% de Capitão Wagner, filiado ao União Brasil e apoiado por Jair Bolsonaro.
Quando o nome de Cela é apresentado aos eleitores sem essa associação, o desempenho da candidata despenca. Ela aparece 20 pontos percentuais atrás de Wagner: 48% a 28%. Nesta situação, em que os candidatos não são perfilados ao lado dos “cabos eleitorais”, o mais competitivo nome do campo progressista é de outro pedetista, Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza. Em um dos cenários, sem a presença de mais postulantes, Claudio empata tecnicamente com Wagner: soma 37%, contra 39% do bolsonarista.
A ruptura nacional entre Lula e Ciro e as divergências em relação à escolha do candidato ao governo estadual ameaçam a longeva e bem-sucedida aliança entre o PT e os irmãos Gomes no Ceará, que tem garantido vitórias eleitorais nas últimas duas década... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/associada-a-padrinhos-politicos-izolda-cela-venceria-no-primeiro-turno-no-ceara-diz-vox-populi/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos
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