Nas imagens, "Garigata" aparece caminhando sozinha em uma rua, segurando o celular. Em seguida, um motociclista surge e aponta uma arma de fogo para ela. O momento que o suspeito rouba o aparelho não é visto, pois Ester fica fora do foco da câmera. Apenas segundos depois ela aparece novamente, bastante nervosa após o roubo.
Ao g1, Ester relatou que voltava da casa de uma parente no momento do assalto. A jovem contou que o assaltante pediu o celular e disse para que ela não corresse, mostrando uma arma de fogo. "Eu disse que ainda estava pagando [o celular]... ele me pegou pelos cabelos e puxou o celular com a outra mão. Me deu um empurrão e mandou eu descer se eu não quisesse ficar com buraquinhos [referindo a marcas de tiros].
Comecei a chorar pois passei um ano pagando as parcelas desse celular, as vezes deixava de comprar uma coisa que eu queria muito para pagar a parcela do celular", contou Ester. Em nota, a Polícia Civil informou que investiga o caso e orienta que a vítima procure uma unidade policial ou a Delegacia Eletrônica (Deletron) para registrar boletim de ocorrência e repassar mais informações sobre o caso.
A Delegacia Regional de Juazeiro do Norte é a unidade responsável por apurar o caso. Em publicação nas redes sociais, "Garigata" relatou aos seguidores que passou um ano pagando o celular e durante esse período deixou de comprar algo que queria muito para pagar a parcela do equipamento, que também era usado como instrumento de trabalho.
Ela está fazendo uma "vaquinha virtual" para arrecadar R$ 4 mil e comprar outro aparelho. "Eu estou bem e queria pedia a ajuda de vocês, se puderem me ajudar com algum valor. Passei por tudo o que eu passei, ainda fui assaltada e levaram meu celular. Passei um ano pagando ele, mas sei que vocês vão me ajudar para poder ter outro", disse Ester.
Sucesso nas redes sociais Com mais de 124 mil seguidores nas redes sociais, a gari Ester Santos compartilha com o público o dia a dia de forma divertida, desconstruindo qualquer imagem negativa que algumas pessoas têm sobre o ofício. O apelido de "Garigata" ele recebeu dos amigos de trabalho. O nome logo se espalhou pelas ruas de Juazeiro, onde ela é reconhecida pelas pessoas.
Já o emprego de gari veio quando Ester passou por dificuldades financeiras para criar o filho, que à época estava apenas com um ano de idade. Com a repercussão nas redes sociais, Estar recebeu outras propostas de trabalho e foi procurada por um bar que pretendia fazer um drink exclusivo com o nome “Garigata”, mas ela não tem a intenção de abandonar o posto de gari, que ocupa há mais de quatro anos em uma empresa terceirizada que presta serviços para a Prefeitura da cidade.
Fonte: g1 CE
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