A reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (13/11), no Palácio dos Bandeirantes, e serviu para que os prefeitos pudessem relatar ao presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, problemas que vêm enfrentando com a concessionária de energia desde 2018, quando a distribuidora, que pertencia à americana AES, foi comprada pelo grupo italiano Enel.
“Hoje foi um momento para a gente lavar roupa suja. Todos os relatos foram desabafos, mas ao mesmo tempo também responsabilizamos a Aneel, que é quem tem o papel fiscalizador”, disse o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), ao deixar a reunião.
Prefeita de Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli (PSD) disse que a conversa serviu para que os prefeitos apresentassem à Aneel questões que não eram relativas apenas ao apagão do dia 3/11, mas sim “problemas decorrentes de vários anos em todas as cidades”.
Contratos com a Enel
Orlando Morando tem sido um dos políticos mais críticos à Enel – companhia que chamou, mais de uma vez, de “lixo” – e afirmou que tanto ele quanto outros mandatários, incluindo o prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), defendem que o contrato de concessão estadual não seja renovado com a empresa.
Os prefeitos presentes também disseram que a Aneel, por ser uma agência de regulação, não poderia apresentar uma postura “passiva” diante da má qualidade do serviço apresentado pela Enel. Segundo Morando, o próprio Tarcísio “foi duríssimo em relação à concessionária”.
“Está claro que existe uma certa omissão da Aneel, ela precisa ser mais dura e rígida, e todos aqui relataram para não permitir que a Enel renove a concessão dela no Estado de São Paulo”, disse Morando.
O prefeito de São Bernardo do Campo acrescentou que a Aneel deveria aplicar “multas e punições” à Enel e que, até o fim do contrato de concessão, que termina em 2025, a agência reguladora “pode chamar outra companhia para atendimento emergencial”.
Fonte: Metrópoles
0 Comentários