Apagão em SP: prefeitos cobram Aneel e defendem não renovar com a Enel

 


O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os prefeitos de 21 municípios da Grande São Paulo cobraram resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre falhas da Enel no serviço de fornecimento de energia elétrica, que deixou milhares sem luz por dias em todo o estado após o temporal de 3/11.

A reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (13/11), no Palácio dos Bandeirantes, e serviu para que os prefeitos pudessem relatar ao presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, problemas que vêm enfrentando com a concessionária de energia desde 2018, quando a distribuidora, que pertencia à americana AES, foi comprada pelo grupo italiano Enel.

“Hoje foi um momento para a gente lavar roupa suja. Todos os relatos foram desabafos, mas ao mesmo tempo também responsabilizamos a Aneel, que é quem tem o papel fiscalizador”, disse o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), ao deixar a reunião.

Prefeita de Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli (PSD) disse que a conversa serviu para que os prefeitos apresentassem à Aneel questões que não eram relativas apenas ao apagão do dia 3/11, mas sim “problemas decorrentes de vários anos em todas as cidades”.

Contratos com a Enel

Orlando Morando tem sido um dos políticos mais críticos à Enel – companhia que chamou, mais de uma vez, de “lixo” – e afirmou que tanto ele quanto outros mandatários, incluindo o prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), defendem que o contrato de concessão estadual não seja renovado com a empresa.

Os prefeitos presentes também disseram que a Aneel, por ser uma agência de regulação, não poderia apresentar uma postura “passiva” diante da má qualidade do serviço apresentado pela Enel. Segundo Morando, o próprio Tarcísio “foi duríssimo em relação à concessionária”.

“Está claro que existe uma certa omissão da Aneel, ela precisa ser mais dura e rígida, e todos aqui relataram para não permitir que a Enel renove a concessão dela no Estado de São Paulo”, disse Morando.

O prefeito de São Bernardo do Campo acrescentou que a Aneel deveria aplicar “multas e punições” à Enel e que, até o fim do contrato de concessão, que termina em 2025, a agência reguladora “pode chamar outra companhia para atendimento emergencial”.




Fonte: Metrópoles

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