No caso de Saboeiro, o ex-prefeito da cidade, Gotardo Martins (PSD), durante convenção do MDB, referiu-se à atual vice-prefeita como “uma quenga, uma rapariga”.
Para a Frente, o uso de linguagem vulgar, em tom descortês e desrespeitoso, dirigido às mulheres, é absolutamente inaceitável e não deve ser normalizado. Tais discursos representam clara incitação à violência política de gênero e não condizem com a postura esperada de homens públicos.
“Como presidenta da Frente, repudiei os atos que apontam para o cometimento de violência política de gênero contra a vice prefeita de Saboeiro. Estudamos, agora, a apresentação de notícia crime contra os autores dos fatos”, comenta Larissa Gaspar.
Sobre a Frente Parlamentar de Combate à VPG
A Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero foi criada pela Alece em 2023, numa iniciativa da deputada Larissa Gaspar (PT), com apoio de 19 deputados estaduais, incluindo o presidente da Casa, deputado Evandro Leitão (PT). Hoje, a Frente Parlamentar acompanha cerca de 20 parlamentares e gestoras, sempre se pronunciando sobre os casos.
Os trabalhos da Frente Parlamentar são voltados à prevenção da violência política de gênero, além de acolher denúncias, fazer monitoramento e dar encaminhamento aos casos, bem como elaborar e aprimorar leis que garantam a proteção e a segurança das mulheres e a fiscalização da implementação dessas leis.
Como resultado dessa atuação, ainda em 2023, a Frente conseguiu a primeira condenação do Brasil pelo crime de violência política de gênero. Foi o caso do vereador Maurício Martins (sem partido), do município de Russas, que agrediu verbalmente as deputadas estaduais Larissa Gaspar, Jô Farias e Juliana Lucena. Martins foi condenado a três anos e seis meses de reclusão.
Jornalista Roberto Moreira
Publicação TRIBUNA LIVRE CARIRI
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