Brasil: O País dos Otários?


Um levantamento recente levanta questões perturbadoras sobre a sustentabilidade do atual sistema político e tributário no Brasil. Os números impressionam e revelam um cenário de excessiva carga sobre o cidadão comum em benefício de uma classe política inchada. Vamos aos dados.

Estrutura Política e seus Custos

Atualmente, o Brasil conta com:

  • 70.794 políticos, entre Presidente, Vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, estaduais, governadores, prefeitos e vereadores. Além de 11 ministros do STF, que, embora não eleitos, exercem influência política.

Além disso, há cerca de:

  • 715.074 assessores que não passaram por concursos públicos, contratados para apoio direto nas câmaras municipais, estaduais e federais.

Essas cifras são o cerne de uma máquina pública dispendiosa, custando ao contribuinte:

  • R$ 248 mil por minuto
  • R$ 14,9 milhões por hora
  • R$ 357,5 milhões por dia
  • R$ 10,7 bilhões por mês

Somando tudo, o gasto anual ultrapassa R$ 128 bilhões, além de mais R$ 6 bilhões destinados ao Fundo Partidário. A situação é agravada pelos 35 partidos políticos registrados e 73 partidos em formação, uma proliferação de siglas que, muitas vezes, diluem o foco das políticas públicas e aprofundam a fragmentação do poder político.

A Carga Tributária

O Brasil é mundialmente conhecido pela sua alta carga tributária. Produtos e serviços essenciais, como alimentos, medicamentos e energia elétrica, têm impostos elevadíssimos:

  • Medicamentos: 36%
  • Energia elétrica: 45,81%
  • Gasolina: 57,03%
  • Carne bovina: 18,63%
  • Leite: 33,63%
  • Papel higiênico: 40,50%

Mesmo itens essenciais como materiais escolares e produtos de higiene pessoal estão sujeitos a tributos que beiram o absurdo:

  • Caneta: 48,69%
  • Sabonete: 42%

Essa avalanche de impostos contribui para um custo de vida elevado, sufocando a população enquanto os recursos arrecadados são desviados ou mal geridos por esquemas de corrupção amplamente divulgados. Além disso, o trabalhador brasileiro ainda enfrenta impostos diretos, como o Imposto de Renda, que varia entre 15% e 27,5% de sua renda.

O Rombo Previdenciário e a Reforma

Outro ponto crítico é o rombo na Previdência Social, agravado pelos privilégios de aposentadorias políticas e pelos altos salários e benefícios da elite do setor público. Enquanto a reforma da Previdência é vendida como a principal solução para o desequilíbrio fiscal, muitos se perguntam: é realmente a única prioridade nacional? Ou seria a reforma política e tributária igualmente urgentes?

Reflexão

O Brasil, com seus 208 milhões de habitantes, parece estar à mercê de uma classe política que se serve de um sistema inchado e de uma máquina pública dispendiosa. As perguntas que ficam são:

  • Como chegamos a esse ponto?
  • Até quando vamos suportar essa situação?

O Brasil precisa urgentemente de reformas profundas que não apenas reduzam os gastos públicos, mas que promovam uma gestão eficiente e transparente dos recursos. Afinal, com uma das maiores cargas tributárias do mundo, é inaceitável que o retorno ao cidadão seja tão escasso.

Ação do Povo O Brasil só mudará com uma reação organizada da população. É preciso pressão para exigir um governo mais enxuto, transparente e eficiente. O tempo de apenas observar chegou ao fim. É hora de ação.


 

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