Abaixo, são listados alguns casos de relatos de envolvimento de facções em questões políticas relacionadas ao pleito deste ano.
Iguatu
No início deste mês, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Iguatu, durante operação da Polícia Federal (PF) que busca combater a interferência de uma organização criminosa no pleito. Segundo as autoridades, o grupo estaria sendo pago para apoiar determinados candidatos e comprar votos de eleitores.
Foi informado ainda que a polícia também investiga o suposto envolvimento de um vereador da cidade com a organização criminosa. Os nomes de candidatos favorecidos, bem como o do vereador que supostamente teria envolvimento com uma facção, não foram divulgados.
A operação deste mês ocorreu após uma prisão anterior de um homem suspeito de tráfico de drogas e envolvimento na organização criminosa. Materiais coletados pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) apontaram a possível ligação entre o integrante do legislativo municipal e os traficantes.
Acarape
Operação deflagrada nesta sexta-feira, 4, visou desarticular supostos esquema de compra de votos em Acarape, que contaria ainda com a participação de membros de uma facção criminosa. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Acarape; quase R$ 7 mil em espécie foram apreendidos, além de diversos extratos de Pix e títulos eleitorais.
A ação dos suspeitos envolvia pagamento de valores em dinheiro a eleitores e retenção de documento eleitoral para beneficiar determinadas candidaturas. A operação foi uma parceria da PF com o Gaeco/MPE e a Polícia Civil do Ceará.
Canindé
Na última quinta-feira, 3, o Ministério Público Eleitoral (MPE) realizou operação que cumpriu quatro mandatos de busca e apreensão contra uma candidata a vereadora, sem identificação do nome e do partido, do município de Canindé. Três colaboradores de campanhas políticas na cidade também foram alvos da operação.
Foram apreendidos cerca de R$ 76 mil em espécie, uma máquina de contar dinheiro, um caderno com nomes de eleitores e o valor supostamente a ser repassado a estes, além de cópia de documentos de identidade, medicamentos, armas de fogo e munições.
Além disso, Cruz relatou ter sofrido ameaças para fechar o comitê localizado na região.
Sobral
Investigação da Polícia Civil apontou que membros de facção criminosa usavam um grupo de WhatsApp para coordenar e executar ataques contra eleitores da candidata a prefeita de Sobral, a ex-governadora Izolda Cela (PSB), que participavam de comícios na cidade. A informação foi divulgada no fim de setembro.
Operação da Polícia Civil do Ceará para combater ameaças a candidatos e eleitores em municípios da Região Norte, terminou com a prisão de suspeitos e a execução de mandados de busca e apreensão. Marcos Aurélio Elias de França, diretor da Polícia Civil no Interior Norte, explicou que a operação supracitada é desdobramento de ação anterior que resultou na prisão de um suspeito de ameaçar Izolda.
"Havia um grupo de WhatsApp criado com o objetivo específicos de atacar os eleitores da candidata que participavam de comícios. Atingir com rojões, articular como fazer ataques, a forma, o local. Extraímos essas informações do aparelho de um suspeito preso, que embasaram o pedido de prisão dos demais", explicou.
A Polícia relatou ainda que ocorreram vários atentados a eleitores da candidata Izolda Cela. "Inclusive, pessoas saíram feridas e acaba criando-se um clima de medo, mas com a prisão dos elementos e com essa operação de hoje, o pleito foi pacificado.
Santa Quitéria
No último dia 17, a Polícia Civil cumpriu 23 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar facção criminosa no município de Santa Quitéria. O órgão informou que a ofensiva foi deflagrada depois dos suspeitos ameaçarem um candidato no município, interferindo nas eleições. Na ação, as forças de segurança apreenderam dezenas de aparelhos celulares.
Caucaia
Candidatos a prefeito de Caucaia foram ameaçados e intimidados por pessoas que se identificaram como integrantes de facções criminosas. Emilia Pessoa (PSDB), Naumi Amorim (PSD) e Catanho (PT) sofreram episódios relacionados a violência e suposta participação de facções.
Emília sofreu com violências que variavam de pichações com ameaças até disparos de armas de fogo próximo a sua residência. O postulante e ex-prefeito Naumi Amorim (PSD) também sofreu ameaças de um grupo criminoso ao ter tiros registrados numa caminhada com apoiadores. Já a campanha de Catanho relatou que um disparo atingiu veículo que estava a serviço da candidatura. O episódio ocorreu na manhã do dia 17 de setembro, na Lagoa do Tabapuá.
Na esteira dessas ameaças, uma operação da Polícia Civil do Ceará prendeu 25 pessoas suspeitas dessas e de outras práticas criminosas pelo Estado. O número total de mandados de prisão preventiva cumpridos à época foi de 34, mas nove pessoas já estavam presas.
Fonte o Povo
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