O dólar registrou uma nova máxima de R$ 6,1155 na manhã desta sexta-feira, 29, com alta de 2,10% no mercado à vista. A moeda norte-americana segue pressionada pelo estresse dos mercados em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo, agora agravado por preocupações sobre os impactos do câmbio na inflação.
Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, as medidas propostas, como a desoneração do Imposto de Renda (IR) para rendas até R$ 5 mil, desviam o foco da contenção de gastos e enfrentam resistência no Congresso. "Parlamentares de oposição podem enfraquecer as propostas e rejeitar a elevação do IR para super-ricos", analisa.
A arrecadação esperada com a tributação de super-ricos é inferior ao custo da isenção do IR, enquanto o dólar alto, aliado ao baixo desemprego, pode pressionar a inflação e os juros futuros, elevando a Selic para cerca de 15% no atual ciclo de aperto monetário, alerta Velloni.
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