Investigação e Evidências
Áudios obtidos pela Polícia Federal revelam discussões entre envolvidos sobre a destinação de emendas de comissão, supostamente direcionadas pelo gabinete de Guimarães, para interesses privados e enriquecimento ilícito. Essas conversas, encontradas no celular de Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto Queiroz (PSB), prefeito eleito de Choró, atualmente foragido, também mencionam outros atores do esquema. Bebeto Queiroz discutia o percentual a ser desviado com Carlos Douglas Almeida Leandro, um empresário preso por fraudes em contratos de locação de veículos pela prefeitura de Pindoretama (CE).
Ainda segundo a reportagem, o esquema envolveria também Adriano Almeida Bezerra, assessor parlamentar do deputado federal Júnior Mano (PSB), que também é investigado por manipulação de eleições em 51 cidades do Ceará. Para a PF, Mano teria tido um "papel central" nas irregularidades.
Defesa de José Guimarães
José Guimarães negou categoricamente qualquer envolvimento em práticas ilegais. Por meio de nota oficial, afirmou:
"Nunca houve nenhum indicativo de que emendas de meu gabinete seriam liberadas para qualquer prática escusa de desvio de verba. Reitero que não conheço nem tenho relação com Carlos Douglas Almeida Leandro ou Adriano Almeida Bezerra."
A nota também menciona que o parlamentar está à disposição para colaborar com as investigações, reafirmando sua confiança no esclarecimento dos fatos.
Desdobramentos Políticos
As acusações contra Guimarães ocorrem em um momento delicado para o governo Lula, que enfrenta pressão para consolidar sua base parlamentar. O caso também lança uma luz sobre a gestão das emendas parlamentares, frequentemente alvo de críticas pela falta de transparência.
Enquanto isso, Bebeto Queiroz permanece foragido, e a Polícia Federal continua aprofundando as investigações para desmantelar o suposto esquema. A opinião pública segue atenta à evolução do caso, que pode ter impactos significativos no cenário político local e nacional.
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